um ponto apenas
antes o que fomos
sem saber saltou
.................
criou uma linha
e sem rumo curvou
.................
agora só vê o próprio umbigo:
viramos um ponto de interrogação
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
3 MACACOS
SEMPRE FALTA UM POUCO DISSO
| Sempre falta um pouco disso quem sabe o que pode ser | quem sabe onde encontrar um pote | um tesouro que transborde o copo |todo o corpo e alma | procuramos e nunca vemos o arco-iris| chuva rala e o sol fraco escondem o paraíso |onde se acha a tampa disso? | quem sabe o ouro ilumine a gente | quem sabe o sopro nos leve para longe | mas sempre falta um pouco para chegar | onde não se sabe | onde não se quer | onde toda falta é bem-vinda | onde tudo é sobra | onde o nada se esconde |
CRENÇAS?
Crenças criam viciados. Nunca em algum lugar criou um sábio. Aquele que sabe a verdade se cala. O restante fala. A vida é tão rara. Poucos chegam ao topo da montanha, onde as nuvens passam e deixam o cume intacto. Lá embaixo são criados templos, igrejas, mosteiros, cadeados... Para que subir ao topo se na base tudo é fácil?
.
.
.
.
.
Dia qualquer, sentir apenas a sombra da montanha se torna insuportável.
AUTISMO VOLUNTÁRIO
alguns se alienam com projetos impossíveis
ou um amor provável e sem riscos
marido esposa filhos
domingo de manhã: feira
a noite: missa
um vício
artifício para se sustentar vivo
mas tantos outros nem pensam sobre isso
alguns pensam que felizes são os ricos
e todos cegos e surdos insistem
perda de tempo
aliene-se de tudo
viva os dias
horas
segundos
momentos
cheios de confusão
gritos e risos
sem crenças
sem túnel pra caminhar
sem luzes ou sombras
o céu:
limite dos sentidos
além de tudo está o verdadeiro riso
a água é possível
mas para os peixes apenas um mito
ou um amor provável e sem riscos
marido esposa filhos
domingo de manhã: feira
a noite: missa
um vício
artifício para se sustentar vivo
mas tantos outros nem pensam sobre isso
alguns pensam que felizes são os ricos
e todos cegos e surdos insistem
perda de tempo
aliene-se de tudo
viva os dias
horas
segundos
momentos
cheios de confusão
gritos e risos
sem crenças
sem túnel pra caminhar
sem luzes ou sombras
o céu:
limite dos sentidos
além de tudo está o verdadeiro riso
a água é possível
mas para os peixes apenas um mito
SEGREDO
a luz acesa e ninguém em casa
certeza ao observar
e ver a verdade nos menores cantos
subir aos céus sem levantar um dedo
ser o espelho limpo que reflete
e não julga a respeito
.
.
.
.
.
.
fecho os olhos agora
acho que contei o segredo
certeza ao observar
e ver a verdade nos menores cantos
subir aos céus sem levantar um dedo
ser o espelho limpo que reflete
e não julga a respeito
.
.
.
.
.
.
fecho os olhos agora
acho que contei o segredo
DO NADA AS COISAS ACABAM.
do nada as coisas começam: criam garras. fatos adicionados ao mesmo evento raro. início da vida. luz apagada. o parto e a dor. saudades do nado. da água sem fim. o conforto partido nunca esquecido. nome para o futuro grande. alegrias marcadas em calendários. mas algo sempre falta. estrago no útero, buraco do inexplicável. as coisas são assim: acabam do nada.
seilaeudeus
Teimosia
teimosia do errado
teimosia quem sabe um dia
teimosia do esperar sentado
língua do sapo
mosquito parado
pipa enrolada no fio
teimosia da linha ocupada
teimosia na data marcada
da bala ao alvo
saber antes do sábio
teimosia do pensar em nada
teimosia do crescer
descer do ninho
sapato após o passo
teimosia do descalço
teimosia do descaso ao fato
teimosia da frequência decantada em
versos | rimas | pingos raros
teimosia: | POESIA
Assinar:
Postagens (Atom)